segunda-feira, 21 de julho de 2014

Reflexões

Hoje eu quero falar sobre coisas que venho refletindo muito. 
Desde que engravidei leio bastante sobre o assunto e assim soube o tipo de parto que eu queria, o que eu queria que acontecesse e o que eu não queria de jeito nenhum. Soube que precisava que esse momento fosse mais especial do que já é. Que eu precisava estar consciente, presente e ativa. E consegui. Meu parto foi um sonho. Daqueles que dá vontade de ficar revivendo sem parar.
Depois que o Bernardo nasceu soube exatamente o tipo de mãe que eu quero ser e venho tentando ser. Leio muito sobre maternidade e desenvolvimento dos bebes. Levo muito em consideração o que eu leio, mas no final sempre escuto a minha intuição mesmo. 
Tenho o péssimo habito de não escutar as pessoas, principalmente quando o que elas dizem vão contra as minhas convicções. As vezes mordo a língua, outras não. 
Leio muito por ai mães dizendo como a maternidade é difícil. E é mesmo. É uma doação incondicional. Mas ao contrario do tom que muitas dão a essa declaração, para mim é, sem demagogia, um prazer. 
Para ser a mãe que eu quero ser, a mãe que o meu coração pede que eu seja, eu preciso abrir mão de muitas coisas básicas, como um banho de mais de 5 minutos, uma ida ao banheiro etc. E apesar de muita gente achar isso um absurdo eu não acho. Meu filho é o centro da minha vida e não estou dizendo que essa devoção sem limites sera para sempre. Não tenho como saber agora, mas é o que eu quero fazer nesse momento. 
Eu preciso viver esse amor avassalador que me pegou um pouco de surpresa. Por mais que todos falem do tamanho do amor de uma mãe para o filho, eu não esperava essa magnitude. É um amor que cresce a cada dia, mesmo a gente achando que não tem como ficar maior. Eu preciso viver isso intensamente agora. Eu sinto que ele precisa muito de mim agora. Precisa do amor, carinho e paciência que só eu posso dar. Porque ninguém, nem mesmo o pai, sente a mesma coisa que eu estou sentindo. É como se eu tivesse uma conexão direta com meu filho. Com as suas necessidades, as suas angustias e mesmo aquilo que eu ainda não consigo decifrar eu quero entender. 
Me sinto voltando a minha forma mais primitiva. 
Por isso tudo, por mais que as privações aconteçam e vez ou outra eu sinta que preciso de um espaço, e tento respeitar isso, eu não me sinto privada. Eu me sinto especial, completa e realizada. Sou 90% mãe e os outros 10% sou Luiza, esposa, dona de casa, amiga, filha, irma, etc. Eu sei que as coisas vão se equilibrar com o tempo, mas estou cansada de racionalizar tudo. Agora eu só quero ser mãe. 

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