sexta-feira, 21 de março de 2014

Sexta-feira muito louca

Quando estava preparando as coisas para a chegada do Bernardo, me perguntavam quem ia ficar aqui em casa me ajudando. Enchia a boca para falar que não ia querer ajuda de ninguém, que ia cuidar do meu filho sozinha.
Na verdade eu tenho ajuda, minha diarista, que vem duas vezes na semana, faz comida, faxina, lava e passa. Ou seja, eu não faço nada dentro de casa. Nos dias em que ela não esta aqui eu arrumo a cama e lavo a louça no máximo.
Bernardo chegou e eu estava me adaptando muito bem a essa vida. Dois meses se passaram e eu não entendia o porque tanta gente disse que eu não ia conseguir sem ajuda. Bom, hoje a minha diarista faltou. A louça estava acumulada, casa por varrer, muita roupa pra lavar. Para completar, meu prédio entrou no racionamento de água por causa da falta de chuva e eu não tenho água no banheiro. Para completar, essa semana o Bernardo anda enjoadinho, precisando de mais atenção. Juntou tudo e vocês tem uma mãe perdida.
Arrumei a cama, dei colo pro Bernardo. Varri dois cômodos, hora de mamar. Coloca roupa pra lavar, ele chora. Começo a lavar a louça, ele acorda. Pico a cebola para o almoço, hora de mamar de novo. Enchi vários baldes ao longo do dia e muito colo pro pequeno que estava chorando.
A conclusão que eu cheguei no final do dia é que, quem não pode contar com ajuda de alguém para cuidar da casa, realmente não da conta sozinha. Na hora de dormir eu estava exausta e olha que ainda contei com a ajuda do marido quando ele chegou do trabalho.
Por outro lado, eu também reparei que muitas das pessoas que falavam que ia ser impossível sozinha, eram pessoas mais velhas, da idade da minha vó, e descobri porque elas pensam assim. Na época das nossas avós não tinha fralda descartável, por exemplo. As fraldas de panos tinham que ficar branquinhas e tinham que ser passadas. Além disso, a água do banho tinha que ser filtrada e fervida. Desse jeito fica dificil. Eu encho a banheira com água do chuveiro, lavo as roupas dele na máquina e assim vai.
Falando em banho, recentemente tive coragem de colocar ele no chuveiro comigo. Foi ótimo! Ele adorou o banho desse modo e nós ficamos mais juntinhos. Quando tomamos todos juntos, eu, ele e marido, é melhor ainda. Ainda tem o bônus que eu também já saio de banho tomado.

quarta-feira, 19 de março de 2014

Reflexões de uma nova mãe

Há quem acredite que a vida de mãe só começa depois que o bebê nasce. Concordo em parte. Na verdade muitas das minhas preocupações começaram quando o teste de farmácia deu positivo.
Cada nova ultrassonografia era precedida de muita ansiedade, assim como as consultas médicas. Eu achava que depois que o Bernardo nascesse eu ia ser mais ansiosa do que sempre fui, mas não. Depois que o Bernardo veio ao mundo uma calma inexplicável se apossou de mim - calma para o padrão mãe de primeira viagem, ok?
Demorou um pouco para cair a ficha e a cada dia que passa me acostumo mais e mais com essa palavrinha nova - mãe. Ainda é estranho escutar alguém falar do MEU FILHO ou eu falar MÃE DO BERNARDO. Não sei se todas passam por isso, mas desde o dia do teste positivo o instinto de proteção veio forte e desde o nascimento o amor e admiração por esse serzinho perfeito é indescritível. 
Assim vai ser esse espaço, para eu dividir um pouco as coisas que descubro desse universo tão doido e vou escrevendo aqui entre uma mamada e outra, após uma troca de fraldas ou quando rola um cochilinho.